23 de dezembro de 2010

GRÃO DE AREIA

Ilhas Selvagens

Publicado em EscolaNotícias por Artemisa, em 13 13UTC Junho 13UTC 2010
Habitadas apenas pelos guardas do Parque Natural da Madeira, as Ilhas Selvagens são talvez a parte do território nacional mais desconhecida para os portugueses. Embora a sua superfície seja bem conhecida e documentada, são as suas águas que requerem agora a atenção dos cientistas e estudiosos portugueses que através da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), grupo técnico-científico do Ministério da Defesa Nacional, está a desenvolver uma investigação que irá centrar-se em três vertentes: mar, linha de costa e terra, tendo por objectivo inventariar a fauna, a flora e os habitats marinhos entre os dois mil metros de profundidade e os 70 metros acima do nível do mar, a altitude da Selvagem Grande. Para tal, a missão conta com os navios Almirante Gago Coutinho, Creoula e Vera Cruz (este é uma réplica das caravelas usadas nos Descobrimentos). Participa ainda o robô submarino Luso, operado à distância do Almirante Gago Coutinho, por um cabo.
A expedição marca ainda o arranque do programa Professores a Bordo, da EMEPC, que é inédito em Portugal: embarcadas no Creoula, duas professoras de Biologia e de Geologia do ensino secundário e outras duas destacadas nos centros Ciência Viva de Estremoz e Lagos vão participar na ciência feita numa campanha oceanográfica.
Para quem procura mais informação sobre este arquipélago, deixo algumas sugestões:
Fonte: Instituto Hidrográfico Português
Fonte: NASA
Fonte: NASA

1 de dezembro de 2010

As cagarras das Selvagens


Cagarras revelam grande resistência
O Serviço do Parque Natural da Madeira acaba de divulgar que, segundo os cientistas que desenvolvem um projecto nas ilhas Selvagens, «a ave marinha cagarra pode ser menos vulnerável às mudanças climáticas do que outras espécies de aves marinhas migratórias (migrações de longa distância)».
Ainda segundo a informação facultada pelo Serviço do Parque Natural da Madeira, a razão desse facto tem a ver com a flexibilidade que as cagarras apresentam na escolha dos locais onde invernam.

 

A Vida é breve e desfaz-se como espuma

IN MEMORIAM
MARISA CAETANO FERRÃO

A Vida é breve e desfaz-se como espuma, escreveu Alcides Henriques, no blog Porta da Estrela.


"Uma família a quem a tragédia da morte instantânea e brutal atingiu, vive a angústia e a tristeza de perder uma filha jovem num acidente de automóvel conduzido pela mais nova.
Marisa Ferrão, de seu nome, filha do Dr. Caetano Ferrão e D.ª Maria Alice encontrava-se em visita à família num curto período de descanso e num intervalo das aulas que leccionava, quando a morte a atingiu, de forma instantânea, num despiste de automóvel, no passado dia 30 de Outubro, ao chegar à Ponte sobre o Rio Dão entre Nelas e Viseu.

Aos pais inconsoláveis, irmã e demais família a solidariedade na tragédia e na dor neste adeus prematuro da Dr.ª Marisa Ferrão."

Portugal, e o Direito do Mar, perderam no passado dia 30 de Outubro um dos seus maiores expoentes. A notícia, essa só a conheci hoje, quase um mês e meio depois. Costumava trocar correspondência com a Dra. Marisa Caetano Ferrão. Unia-nos a paixão pelo Mar. Hoje, de forma brutal e inesperada, descobri a notícia da sua morte. "Ilhas Selvagens", e o seu autor, prestam homenagem a esta mulher de garra que muito cedo nos deixou. Voltaremos a encontrar-nos noutras espumas Marisa. Até sempre!


Notas Biográficas

Carla Marisa Cardoso Caetano Ferrão nasceu a 31/08/1978 em Coimbra e era, desde Março de 2004, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, pertencendo ao Departamento de Ciências Jurídicas (DCJ). Leccionou, designadamente, as unidades curriculares de Introdução ao Direito, Sociologia Jurídica e Direito Económico, tendo sido (2004-2009) Coordenadora do Programa LLP/Erasmus (antigo Programa Sócrates/Erasmus) do DCJ.
Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Coimbra (2001) e Mestre em Ciências Jurídico-Internacionais pela Faculdade de Direito de Lisboa (2008), encontrava-se actualmente, e após frequentar o programa de Doutoramento em Direito Público, a elaborar a respectiva tese de Doutoramento em Direito Público (Direito do Mar / Direito Internacional do Ambiente) na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa - Lisboa, sob a orientação do Prof. Doutor Jorge Miranda.
Em 2007, obtivera uma Pós-Graduação em Contencioso Administrativo, pela Faculdade de Direito daUniversidade Católica Portuguesa e, em 2003, uma Pós-Graduação em Direito das Empresas, pelo Instituto de Direito das Empresas e do Trabalho, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Exerceu, no ano lectivo de 2009/2010 e no âmbito de uma missão de cooperação internacional, as funções de assistente na Faculdade de Direito de Bissau, na República da Guiné-Bissau. Desde 2004, era ainda colaboradora do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, integrado no Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Apesar de muito jovem, desenvolvia já uma considerável e substancial actividade de investigação científica, tendo proferido diversas conferências em Portugal e no estrangeiro e sido autora de várias publicações.
Faleceu prematuramente, num trágico acidente de viação, a 30 de Outubro de 2010.

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